sexta-feira, 25 de maio de 2018

Gravidez x Tireoide: Quais os riscos?

Especialistas alertam para as complicações que a disfunção do hormônio tireoidiano pode causar em gestantes

 

Em 25 de Maio, é comemorado o Dia Mundial da Tireoide. Esta glândula produz hormônios fundamentais para o organismo, relacionados ao crescimento, ao metabolismo, à função de vários órgãos e à fertilidade. A tireoide pode sofrer alterações na forma e na quantidade de hormônios produzidos. Se houver excesso na produção dos hormônios temos o hipertireoidismo; quando há a diminuição na produção dos hormônios, temos o hipotireoidismo.  Ambas as situações são prejudiciais ao organismo.

 

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 15% dos brasileiros sofrem com disfunção na tireoide. Dentro desta porcentagem, um grupo bastante preocupante é o das gestantes. “Doenças na tireoide podem causar dificuldade para engravidar, parto prematuro, aborto, placenta prévia e, para o feto, atraso no desenvolvimento fetal, baixo peso e defeitos cardíacos”, explica o dr. Erivelto Volpi, Cirurgião de Cabeça e Pescoço do Serviço de Cirurgia da Tireoide do Hospital e Maternidade Santa Joana.

 

Além disso, de acordo com a endocrinologista Maira Pontual Brandão, do Centro de Diagnóstico do Hospital e Maternidade Santa Joana, o diagnóstico da doença é feito por meio de exame físico, exames de sangue e ultrassom. “Se a paciente estiver sentindo um cansaço acima do normal, perda de força muscular, sono exagerado e facilidade para ganho de peso, é preciso pensar em hipotireoidismo com um dos diagnósticos diferenciais. Já se estiver transpirando muito, com insônia, agitação, aumento de apetite, episódios de taquicardia e alteração de peso, pode ser hipertireoidismo. Nos dois casos, é recomendável procurar um médico e realizar os exames necessários”, alerta.

 

Segundo a especialista, o perfeito funcionamento da tiroide é muito importante para o bom desenvolvimento da gravidez. “Caso a gestante não identifique e trate o hipotireoidismo, por exemplo, ele pode causar problemas para o feto, como a diminuição do QI (quociente de inteligência) e falta de desenvolvimento cognitivo”, ressalta a profissional.

 

O tratamento de hipotireoidismo é feito pelo uso de hormônios tireoidianos, que complementam a função dessa glândula no corpo da gestante; ou remédios para controlar a produção de hormônio quando a mulher apresenta hipertireoidismo. “O mais importante é a mãe estar atenta ao pré-natal, onde doenças como essa podem ser identificadas com antecedência e facilmente tratadas”, afirma a dra. Maira.

 

O dr. Erivelto Volpi explica que nódulos no pescoço devem também sempre ser pesquisados, pois existe a possibilidade de estarem na tireoide. “Embora mais de 90% dos nódulos de tireoide sejam benignos, a possibilidade de um maligno deve sempre ser descartada”, ressalta. Em gestantes, essas alterações na tireoide são também comuns, pois os hormônios tireoidianos produzidos pela mãe são importantes para uma gravidez saudável, já que o bebê durante a gravidez necessita integralmente dos hormônios produzidos pela tireoide da mãe.

 

É importante que o diagnóstico de uma disfunção da tireoide seja feito o mais breve possível, ainda antes de uma eventual gravidez. “Se houver hipotireoidismo, a função da glândula pode ser complementada com uso de hormônio tireoidiano em comprimidos. No caso do hipertireoidismo, quando há o excesso na produção de hormônios tireoidianos, o tratamento deve ser feito com mais atenção na grávida, com medicamentos para bloquear a produção do hormônio produzido em excesso. Outros tratamentos como o iodo radioativo, que destrói algumas células da glândula, reduzindo seu trabalho, não podem ser usados durante a gestação”, conta o dr. Erivelto.

 

O Centro de Diagnóstico do Hospital e Maternidade Santa Joana oferece uma estrutura completa para diversas doenças da gravidez e para a realização de exames de laboratório e imagens. Os grandes destaques são os serviços inaugurados este mês: o ambulatório de doenças endocrinológicas na gestação, que engloba diagnóstico e tratamento para hipertireoidismo, hipotireoidismo e diabetes gestacional; e o Serviço de Cirurgia da Tireoide, focado na parte cirúrgica. “Com o serviço integrado a uma instituição que conta com a expertise voltada às mães, conseguimos garantir maior rapidez para diagnóstico de doenças, além de proximidade e comunicação entre todos os especialistas que atendem a gestante, como obstetra, endocrinologista e cirurgião. Assim, fazemos com que a gravidez aconteça de uma forma mais equilibrada e saudável”, ressalta o dr. Erivelto.

 

Dentre outros serviços prestados pelo Centro de Diagnóstico, merece atenção o de Medicina Fetal, que é considerado uma referência para a classe médica, oferecendo prevenção, diagnóstico e tratamento das mais variadas doenças fetais. Uma equipe de especialistas em gestações de alto risco, aliada a uma tecnologia avançada com equipamentos de última geração para a realização de exames, garantem à gestante a segurança que ela e seu bebê necessitam em todos os momentos. O Centro ainda conta com serviço de diagnósticos de doenças do assoalho pélvico e o serviço de fisioterapia do assoalho pélvico de preparo para o parto normal.

 

Mais informações sobre a instituição podem ser obtidas emhttp://www.santajoana.com.br/

Sobre o Hospital e Maternidade Santa Joana: O Hospital e Maternidade Santa Joana é reconhecido como um grande centro especializado nos cuidados com a saúde integral da mulher e do neonato. Uma das Instituições que mais investem em tecnologia hospitalar e infraestrutura é acreditado pela Joint Commission International (JCI), a mais importante certificação hospitalar do mundo, que atesta a excelência do hospital em segurança do paciente e qualidade do atendimento. A instituição oferece serviços de alta complexidade para gestações de risco e tem uma parceria inédita com a Universidade de Stanford, eleita pela revista Forbes como a melhor universidade americana. O objetivo da parceria é a prevenção de lesões cerebrais e sequelas neurológicas em recém-nascidos que sofrem asfixia no momento do parto. Único no Brasil a possuir uma UTI Neonatal especializada no tratamento de bebês com problemas neurológicos, o Hospital ainda contempla mais quatro unidades de terapia intensiva neonatais, além da UTI Adulto - todas equipadas com o que há de mais avançado no segmento. A Instituição também conta com um Centro de Diagnóstico, voltado para diversas doenças da gravidez e para a realização de exames de laboratório e imagens, além de Centros de Endometriose e Imunização. Visite o site: www.santajoana.com.br.

 

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